sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

"O Futuro já Começou"

Fim e começo. Começo e fim, paradoxalmente, estão sempre articulados. O ano que finda é ao mesmo tempo o começo do outro que começa. As avaliações que apontam o novo, a ser construído, são o próprio começo do tempo futuro.
O passado construiu o nosso presente que aponta o futuro como afirmação ou negação do próprio presente. Estamos enredados numa teia de rupturas e continuidades, o que faz com que o novo não seja tão inédito assim.
O começo de um novo ano nos enche de esperanças, nos aponta novas possibilidades e nos leva a compromissos que nem sempre somos capazes de cumprir. E isso não deve ser motivo de frustração. Somos essa metamorfose ambulante e o próprio entorno é multideterminado. Assim é possível pensar com os dados do agora, mas nada nos assegura que as circunstâncias seguintes garantirão nossos projetos. E isso não fragiliza, só complexifica.
Temos que alimentar nossa capacidade de sonhar, de desejar, de planejar e mesmo fantasiar. Por que deixar de fazer planos? Por que não seremos capazes de realizar todas as metas? É necessário acreditar no futuro quando estamos no presente. É só o que podemos fazer.
Como assegurar o que não é presente? Somos somente a semelhança de Deus. Viver com esperança já é o começo da concretização de todos os sonhos, fantasias e projetos.
O ano novo é a nossa chance de acontecer diferente.
"Andar com fé eu vou que a fé não costuma "faiar", o Gilberto Gil tem razão nessa e em outras afirmações. Para construir o futuro nada melhor que as ferramentas deixadas pelo verdadeiro Mestre (Jesus): FÉ, ESPERANÇA E AMOR.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A temperatura do planeta

Moro em uma linda ilha oceânica. Vejo das minhas janelas o Oceano Atlântico, tantas vezes queira. Desde que aqui cheguei usufruí de um clima tropical amenizado pela brisa suave que nos envolvia durante todo o dia.
As coisas mudaram e mais precisamente nos últimos oito anos.
São Luís, não é mais aquele paraíso de temperaturas suaves. Sofremos uma brutal mudança. Desde as sete da manhã sentimos o implacável calor solar que nos agita e incomoda ao ponto de nos tornarmos refens dos aparelhos de ar condicionado. É verdade que continuo resistindo a esse hábito em casa, mas no trabalho é imprescindível.
Sem dúvida as mudanças climáticas que estão afetando o planeta nos atingem em cheio. Somos algozes e vítimas de nós mesmos. Nossa ilha é um exemplo de urbanização desequilibrada. Nas três últimas décadas a cidade cresceu absurdamente, devastando as áreas sem quaisquer critérios de preservação do patrimônio natural equilibrado. As áreas de mangue que nos faziam um cinturão verde foram invadidas e aterradas. Os novos bairros cresceram sobre rios e igarapés, matando todos os olhos-d'água a sua volta.